Sacerdote, Altar(Cruz) e Cordeiro

A Eucaristia: nela Cristo sacrifica-se novamente por amor a nós. Quando Jesus, na Última Ceia, entregou aos Apóstolos o seu sagrado corpo e o seu sangue preciosíssimo, disse-lhes: "Isto é o meu corpo", "Isto é o meu sangue", e depois acrescentou: "Fazei isto em memória de mim", então, ofereceu a seu Pai um sacrifício que aboliu o valor de todos os sacrifícios anteriores ou posteriores a ele. Desde essa altura não há na terra mais que um só sacrifício que seja digno de Deus: o santo sacrifício da da Missa, isto é, a renovação constante do sacrifício da Cruz.

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O mesmo Cristo que se sacrificou ao Pai celeste no altar da cruz, sacrifica-se também pelas mãos dos seus sacerdotes na Missa.

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Compreendes agora o significado profundo da prescrição da Igreja de que todos os altares devem ter um crucifixo? Sem crucifixo não é lícito celebrar. Compreendeis porquê? Porque a Santa Missa brota de Cristo crucificado; a Santa Missa é o prolongamento do sacrifício da cruz, oferecido diretamente para o bem das nossas almas.

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E não é apenas o mesmo quem sacrifica, mas é a mesma também a vítima: Jesus Cristo. Em cada Missa encontro o Cristo que se sacrifica por mim; em cada altar onde ela é celebrada, bate o Seu terno coração reparador, tanto se o altar for o de uma magnífica catedral, feito de mármore branco, ou se é um pobre altar de madeira numa pequena igreja de aldeia. Quando revestido de ornamentos preciosos e é o Papa quem celebra, faz-se presente o mesmo Cristo que quando está um padre, prisioneiro num campo de concentração comunista, aproveitando o pão negro da refeição e um pouco de vinho, usando uma lata vazia de conservas como cálice, a celebrar com grande secretismo e dá a comunhão aos seus companheiros de prisão. É o mesmo que se sacrifica e a mesma é a vítima.

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É verdade que, segundo as aparências, é um homem, um sacerdote que oferece o sacrifício... mas na realidade não é assim. O que sacrifica verdadeiramente, o único que sacrifica é o próprio Cristo; o sacerdote é apenas um instrumento. Tal como na Missa se repete o único sacrifício da Cruz e, por isso, temos uma só vítima, Cristo, não temos mais que um só sacerdote, Cristo. Assim, na pessoa do celebrante visível está na Santa Missa Jesus Cristo, o Sacerdote invisível.


(Tihamér Tóth)



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