A Eucaristia: nela Cristo sacrifica-se novamente por
amor a nós. Quando Jesus, na Última Ceia, entregou aos Apóstolos o seu sagrado
corpo e o seu sangue preciosíssimo, disse-lhes: "Isto é o meu corpo",
"Isto é o meu sangue", e depois acrescentou: "Fazei isto em
memória de mim", então, ofereceu a seu Pai um sacrifício que aboliu o
valor de todos os sacrifícios anteriores ou posteriores a ele. Desde essa
altura não há na terra mais que um só sacrifício que seja digno de Deus: o
santo sacrifício da da Missa, isto é, a renovação constante do sacrifício da
Cruz.
[...]
O mesmo Cristo que se sacrificou ao
Pai celeste no altar da cruz, sacrifica-se também pelas mãos dos seus
sacerdotes na Missa.
[...]
Compreendes agora o significado
profundo da prescrição da Igreja de que todos os altares devem ter um
crucifixo? Sem crucifixo não é lícito celebrar. Compreendeis porquê? Porque a
Santa Missa brota de Cristo crucificado; a Santa Missa é o prolongamento do
sacrifício da cruz, oferecido diretamente para o bem das nossas almas.
[...]
E não é apenas o mesmo quem
sacrifica, mas é a mesma também a vítima: Jesus Cristo. Em cada Missa encontro
o Cristo que se sacrifica por mim; em cada altar onde ela é celebrada, bate o
Seu terno coração reparador, tanto se o altar for o de uma magnífica catedral,
feito de mármore branco, ou se é um pobre altar de madeira numa pequena igreja
de aldeia. Quando revestido de ornamentos preciosos e é o Papa quem celebra,
faz-se presente o mesmo Cristo que quando está um padre, prisioneiro num campo
de concentração comunista, aproveitando o pão negro da refeição e um pouco de
vinho, usando uma lata vazia de conservas como cálice, a celebrar com grande
secretismo e dá a comunhão aos seus companheiros de prisão. É o mesmo que se
sacrifica e a mesma é a vítima.
[...]
É verdade que, segundo as
aparências, é um homem, um sacerdote que oferece o sacrifício... mas na
realidade não é assim. O que sacrifica verdadeiramente, o único que sacrifica é
o próprio Cristo; o sacerdote é apenas um instrumento. Tal como na Missa se
repete o único sacrifício da Cruz e, por isso, temos uma só vítima, Cristo, não temos mais que um só sacerdote, Cristo. Assim, na pessoa
do celebrante visível está na Santa Missa Jesus Cristo, o Sacerdote invisível.
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